Nos dias 15 e 16 de setembro, gestores e pedagogos de CMEI, se reuniram para os encontros de Formação.
Dia 15 no Momento Cultural fomos privilegiados por um bate papo com a escritora Alice Guerra, que iniciou sua escrita aos 4 anos de idade e que conta com o pai que a incentivou e deu suporte durante toda sua trajetória. Aquele que guardou seus manuscritos, hoje publicados no livro De criança para criança.
Dia 15 no Momento Cultural fomos privilegiados por um bate papo com a escritora Alice Guerra, que iniciou sua escrita aos 4 anos de idade e que conta com o pai que a incentivou e deu suporte durante toda sua trajetória. Aquele que guardou seus manuscritos, hoje publicados no livro De criança para criança.
Alice lembra que duas situações marcantes na escola que incentivou sua escrita: a leitura diária feita pela professora e um encaminhamento específico de ação educativa que provocou e aguçou seu imaginário infantil, resultando na escrita de um de seus poemas. Hoje Alice tem 16 anos e sua escrita acompanha seu crescimento. Hoje voltada aos adolescentes, ela relata que sua escrita não tem idade....escreveria para crianças com o mesmo entusiasmo!!! Edvaldo, gestor do CMEI Xapinhal, aniversariante do dia 17-09 (Parabéns, felicidades), ganhou um livro de Alice com direito é claro... a dedicatória!!!
Para quem quiser saber mais sobre Alice, acesse a página do facebook Alice Guerra |
Nesse dia os profissionais puderam retomar o conceito de "experiência", através da produção dos vídeos das suas unidades....inspirados no "Caminhando com o Tim Tim... que nos ensina que "o chegar não é mais valioso que a andança, que o encontro é precioso e necessário".
Com recortes dos vídeos foi evidenciado nos momentos de rotina algumas experiências de exploração da Natureza e Cultura, refletindo sobre Atividade manipulatória e Exploratória, respaldados em Hilda Weissman ( que cita Coll).
Queremos que nossas crianças através da atividade investigativa em sua rotina avance da manipulação a exploração de objetos, ambientes e relações!!
As questões que nortearam as discussões sobre os vídeos foram: Nas possibilidades de trabalho educativo apresentadas as crianças exploram? São convidadas e permitidas a
à uma ação investigativa? Tem possibilidades de construírem seus conhecimentos a partir de suas experiências??
à uma ação investigativa? Tem possibilidades de construírem seus conhecimentos a partir de suas experiências??
Dando continuidade ao trabalho, dia 16 com as pedagogas, exercitamos o olhar sob a perspectiva infantil. Demos voz as ações das crianças registradas nos vídeos, procurando indicativos para avançar na prática. E nada melhor do que as crianças para nos ensinarem isso. O exercício mostrou como as crianças possuem poucas possibilidades de se apropriarem dos espaços, com sentimento de pertencimento. Também nos mostrou que enquanto adulto escrever na perspectiva da criança não é fácil, estamos sempre analisando os adultos!!
Após socializarmos no grupo algumas narrativas dos vídeos, escritos pelas pedagogas, discutimos sobre a importância da frequência das ações e de como as crianças efetivamente são consideradas na elaboração e alimentação do planejamento. Agradecemos a presença da gerente Vera Dal Molin, que pôde acompanhar e contribuir com nossas reflexões.
Saímos do encontro com a proposta de planejar e registrar as ações da atividade permanente em Natureza e/ou Cultura, inicialmente com uma turma em específico.Para nos auxiliar nessa escrita, contamos com a valiosa contribuição da pedagoga Andreia, do CMEI Porto Belo da CIC, que generosamente disponibilizou seu percurso de trabalho formativo com sua equipe através da escrita de uma atividade permanente. Agradecemos imensamente a essa profissional que com sua pesquisa e sensibilidade tem contribuído para falar de formação de formadores. Obrigada Andreia!!!!
E para agradecer a disponibilidade de todos para um novo olhar, finalizamos com o momento cultural trazido pela pedagoga Anaí do CMEI Dalagassa.
O Girassol "
O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e a esquerda
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei Ter o pasmo essencial que tem uma criança
Se ao nascer, reparasse que nasceras deveras...
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e a esquerda
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei Ter o pasmo essencial que tem uma criança
Se ao nascer, reparasse que nasceras deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo
Creio no mundo como um malmequer
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque a amo, amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama.
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar."
Para a eterna novidade do Mundo
Creio no mundo como um malmequer
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque a amo, amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama.
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar."
(Fernando Pessoa)
Muito legal participar deste evento lindo e importante para todos, inclusive para mim, Alice Guerra, que inicio minha carreira como escritora. A oportunidade de falar para professores e pedagogos foi realmente gratificante ! Obrigada !
ResponderExcluirNós que agradecemos sua presença e disponibilidade. Seja bem vinda sempre!!!
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