quinta-feira, 28 de abril de 2016

Qual a sua experiência com a cultura?

     Cada encontro de formação proposto é um convite à reflexão, uma provocação ao olhar, um desafio ao formador. Dia 25 de abril tivemos nosso segundo encontro de gestores e pedagogos para aprofundarmos nossos conceitos sobre cultura.


     Muitas discussões foram feitas e percebeu-se o quanto há de senso comum em nossos conhecimentos. Refletir o quanto sabemos sobre:


            
levou o grupo à reelaboração de seus saberes, principalmente quando relacionados em sua implicação na prática cotidiana dos CMEIs. Foi bastante provocativo, e nas palavras do gestor Edvaldo: "me sinto um europeu chegando ao Brasil de navio" fazendo referência à aculturação e sua relação com a prática educativa. 
      O sociólogo Boaventura de Sousa Santos nos diz que é preciso

  "lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem e lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize".

     Lançamos indagações para a reflexão sobre a prática - O que personaliza sua unidade? Como ampliar essa personalização?  Sabemos que ainda é preciso exercitar o olhar para perceber qual é a cultura local, como ela se faz presente no cotidiano, e esse foi o desafio a ser encarado pelas Equipes Pedagógicas e seus professores.

      O encontro de pedagogas do dia 26 de abril foi iniciado com um convite a um momento de jogo de livre escolha com as colegas.






Foi retomada a reflexão sobre o conceito de experiência que Larrosa nos propõe, olhando para uma prática vivenciada pelas crianças do CMEI São Carlos, no ano de 2015, que foram visitar a casa de um colega.  
"A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. A cada dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece."
 Jorge Larrosa Bondía 

      Os profissionais daquela Unidade favoreceram muitas experiências, registraram falas evidenciando as muitas possibilidades que as crianças tiveram e como ações simples do cotidiano expressam a cultura. 
        O grupo foi surpreendido com o convite a se ver em ação através da filmagem, feita do momento de jogos no início do encontro, e a falar sobre as experiências vivenciadas  - homologia dos processos que favorece o pensar sobre como foi a experiência para cada uma e no seu papel de formadora que precisa apoiar o grupo a avançar no entendimento do conceito de experiência para si e para as nossas crianças.


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vidas e relacionamentos compartilhados...Que lugar é esse?

          No dia 07/04, as pedagogas referência da Educação Infantil e as professoras regentes de pré das escolas, reuniram-se manhã e tarde, no auditório I do NRE, para refletir sobre o ambiente educativo...o que o compõe? O que priorizar?


Agradecemos a presença da Gisele- Gerente da Educação Infantil nas Escolas 
        
       Malaguzzi nos auxilia nessa reflexão, pois diz...o ambiente em suas dimensões, deve promover encontros de vidas...experiências compartilhadas...aprendizagens construídas!! 
    Enquanto profissionais devemos pensar em como o ambiente favorece as aprendizagens, por isso pensar na funcionalidade dos elementos que o compõe é essencial, mas em todas as dimensões...para além do espaço físico...como estão as relações nele estabelecidas?
         
         Reflexão essa que teve início no ano passado, acentuando-se na SEP de 2016. Tempos e Espaços de Aprendizagem... esse será nosso foco de investimento
 
        Para ajudar no olhar a essas interações compartilhamos no encontro vídeos com a gravação de momentos de troca entre as crianças e adultos utilizando os elementos de consulta na rotina das crianças. São inspirações que disparam o repensar sobre as práticas!!   
           
          Por isso solicitamos a filmagem de um momento da rotina, onde um dos elementos de consulta estava sendo usado pela professora, para discutirmos no encontro de formação. Pedagoga e professora utilizando o espaço formativo do encontro para refletir sobre a prática cotidiana. Esse movimento começou no encontro e será retomado na supervisão concentrada de Abril, juntamente com o plano de formação das escolas.














          Pensamos que a escola pode ser esse lugar de vida e relacionamentos compartilhados...só depende de como concebemos esse ambiente!!!
 
           

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Que tal um forte abraço?


                 Na tarde de sexta-feira, 01/04, no espaço da APP Sindicato, muitas pessoas da nossa Rede
                                      Municipal reuniram-se para abraçar um objetivo em comum!



                                           Um objetivo nobre e que requer compromisso.

                 Criado em 2002, o projeto Abrace vem desenvolvendo até os dias atuais, ações de combate à evasão escolar. Neste seminário, trouxe a reflexão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente _ ECA, na perspectiva dos direitos humanos.

          Iniciou com as ideias de Mario Sergio Cortella, num vídeo com contribuições significativas...

             Dentre as importantes falas que envolveram o grupo de gestores, pedagogos e funcionários representantes da educação nos diferentes segmentos, destacam-se:
  • O lugar do direito à Educação – dos 4 aos 17
  • Direito à Proteção 
  • Direito à Educação 
  • Atribuições dos NREs, do Conselho Tutelar, das unidades e do Ministério Público 
     
           Como princípio a ser considerado, ressalta-se a responsabilidade de todos e não apenas da família, mas principalmente do Estado para a conquista em manter a criança na escola, numa escola que a acolha e oferte educação de qualidade, sobretudo, que prime e zele pelo seu direito em frequentá-la.
            Sendo os educadores muito próximos diariamente da realidade familiar da criança/estudante, é função buscar todas as alternativas possíveis para que a necessidade de encaminhamentos de casos relacionados à evasão escolar, ocorra somente em última instância. 
Dra. Juliana Gonçalves - Dra Hermínia Diniz - Professoras. Dulcineia e Marilene - Conselheira Tutelar Cláudia - Superintendente da SME Ida Regina Mendonça

                 Que a escola seja território de sujeitos de direito e de deveres e não um espaço excludente! Precisamos motivar o educando a usufruir desse direito. Desde a educação infantil podemos e devemos agir diante de situações que não respeitem os direitos da criança.

 Na escola: Conselho – Equipe Diretiva – Professores – Equipe Pedagógica – Funcionários: todos envolvidos no projeto de frequência.
  • Fracasso Escolar = baixa frequência, abandono e evasão escolar    -  ausência

                                                                                                -   violação do direito

  • FICA – é um protocolo, mas o que deve reger e mobilizar é a preocupação e satisfação com o retorno do aluno à escola.

" O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada". (Cora Coralina)

Abracemos com responsabilidade esta causa, cada um fazendo a sua parte e todos realizados pela conquista.