terça-feira, 7 de junho de 2011

Entre Escadas e Serpentes! Refletindo sobre o contexto simbólico nos jogos de percurso.

No dia 24 de maio ocorreu 4º Encontro de Formação de CMEIs, no qual, contamos com a presença das diretoras e pedagogas das unidades do NRE/PN. O encontro possibilitou aos presentes refletir sobre as práticas de jogos realizadas com as crianças, a partir do texto “Escadas e Serpentes”, de  Adriana Klisys, como também aprofundar o conhecimento sobre a categoria de jogos de percurso, ou trilha.
 A partir da leitura do texto, discutiram em equipe sobre as questões destacadas pelas pedagogas do NRE/PN, após as reflexões em pequenos grupos, abriu-se um espaço para compartilhar no grande grupo.

As equipes destacaram que a proposta descrita no texto, os jogos de mesa faziam parte das atividades da escola, de sua rotina diária, dessa forma, as crianças tiveram o interesse em saber sobre a origem de determinados jogos e os professores ao darem voz as curiosidades infantis organizaram o projeto didático, uma vez que esse possibilita a participação da criança em todas as etapas, inclusive no propósito comunicativo final.
Ressaltaram que em algumas unidades a proposta do projeto é possível, devido ao repertório das crianças em outras ainda é preciso investir no  acesso a muitos jogos,  para que ao jogarem muito e bem, conhecendo procedimentos de jogos, possam também levantar questionamentos sobre: o que é um jogo? Quem inventou os jogos? Dá pra aprender outros jogos do mundo?
Destacaram também que é um caminho maravilhoso o trabalho com a origem dos jogos, pois usualmente pensa-se sobre os benefícios que eles nos trazem, mas não na sua história, que é um legado lúdico da humanidade. Concluíram que nem sempre é interessante trazer para as crianças a história do jogo a ser apresentado, muitas vezes, é importante para o educador/professor saber a sua origem, não para os pequenos.
Quanto ao caráter simbólico dos jogos, onde contextos lúdicos são criados para que as crianças joguem, os participantes refletiram que ainda é necessário avançar, olhar para as categorias de jogos com um novo olhar, o olhar de como a criança pensa, brinca, joga, aprende e constrói conhecimento. Dessa forma, a peça que se movimenta no jogo, não é apenas uma ficha, mas uma borboleta, um carro, um avião, etc.
Nesse sentido, o jogo de percurso, cujo objetivo é chegar ao fim de um caminho, dividido em casas, de acordo com o que foi tirado no dado, pode ser uma categoria que nos possibilite ter esse novo olhar para o jogo que é proporcionado às crianças.
Além disso, no jogo de percurso, as crianças podem seguir regras de fácil entendimento, exigindo mais interação grupal em torno de um objetivo do que estratégia de jogada, desafio, que por si só é bastante complexo para quem está tateando no mundo das regras. Uma vez que a intimidade com as regras e a parceria com outros jogadores são exercícios desafiadores de superação do próprio potencial.
Essa categoria de jogos pode ser proporcionada às crianças em caráter competitivo e em caráter cooperativo: caráter competitivo é importante para que as crianças tenham contato com a experiência de vencer ou perder, já o caráter cooperativo envolve colaboração de todos os participantes em torno de um objetivo em comum, no qual podem dividir a alegria da vitória ou a frustração da derrota.
Refletiu-se também através de uma proposta em pequenos grupos, sobre os saberes necessários à criança para iniciar um jogo, sobre as aprendizagens que proporciona ao jogar e como organizar o tempo e o espaço para as jogadas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário