domingo, 27 de novembro de 2016

DIREITO À INFÂNCIA NAS ESCOLAS


Nosso  encontro de formação de novembro com as escolas teve como objetivo olhar para o percurso, celebrar e replanejar...

O percurso foi visualizado através do compartilhamento do processo da escola São Mateus representado pela professora Magali e as crianças da turma do Pré. Um percurso que relata a escuta  ativa, olhar sensível  que busca investigar a infância e o cotidiano infantil da instituição em um protagonismo compartilhado.

PROTAGONISMO COMPARTILHADO


Diante da estratégia da análise de bom modelo, professoras e pedagogas puderam conhecer mais a respeito da teoria trazida por Gabriel Junqueira e que fundamentou a investigação e planejamento da professora Magali. Destaca-se na sua caminhada, os diálogos frequentes e com sentido para a turma, tornando-se verdadeiras assembleias permeadas pelas questões do brincar nos CADs e apoiadas nas práticas diárias.
Nesta busca, os espaço físicos vêm sendo transformados em ambientes vividos valorizando as relações:
  “...se considerarmos uma criança ativa, exploradora e criadora de sentido, é preciso pensar um espaço e um educador que deem apoio aos seus movimentos, que incentivem sua autoria e autonomia, que contribuam para a diversificação de suas possibilidades.”
                                                                                                                  Daniela Guimarães


Então, mobilizados a saber mais, é indispensável pensar em como tornar a escola num espaço de encontro das crianças e dos adultos, promovendo relações e garantindo momentos de relação individual. 

Muitas provocações convidaram a um rever-se e revisitar-se...



E considerar a criança como sujeito potente, protagonista, criativa, portadora do novo e capaz de realizar escolhas e criar em diferentes momentos vividos na instituição. Magali ressaltou a criação de jogos, motivação que surgiu no curso "Crianças criando jogos de percurso", como legitimação dessa concepção de criança que deixou de estar somente na escrita das Diretrizes e ganhar vida na ação dos adultos e crianças do Pré da EM São Mateus.



A parceria com a professora Carol do turno da tarde, que com sua turma ocupam o mesmo espaço de sala, foi outro fator relevante que promoveu trocas e ampliação de saberes sobre as infâncias, em meio a diálogos que revelaram como cada grupo de crianças dava significados aos ambientes e elementos utilizados por ambos.





Novos voos se aproximam, novos desafios e novas conquistas sempre com uma escuta ativa buscando o protagonismo compartilhado. Considerando o percurso formativo percorrido, possibilitando a infância em nossas unidades, promovendo encontros, experiências, produzindo e transformando culturas.
Com concepções que norteiam nossa caminhada...















Na continuidade fortalecida pela professora Magali através das palavras de Madalena Freire, nos colocamos como pares neste caminho...


 [...] o que tenho observado, sentido nas crianças (e em mim), como reflexo do nosso trabalho, é um grande entusiasmo, os desafios sendo enfrentados com alegria e prazer. O que nos dá a certeza de que a busca do conhecimento não é, para as crianças, preparação para nada, e sim vida aqui e agora.


                (FREIRE, 2007,P.50)




sábado, 5 de novembro de 2016

Por onde anda a nossa imaginação?




Expandir, reinventar, inverter a lógica, sair da rotina, diversificar... foi com este convite para nos encontrarmos em um lugar diferente este mês, para realizar a formação com as professoras e pedagogas de escolas do PN. 


 
   Juntos, na Associação Sede de Campo do HSBC no Tatuquara, pudemos pensar os objetivos:
Refletir a organização do cotidiano, considerando as dimensões: interacional, espacial e funcional dos ambientes de aprendizagem;
Ampliar o entendimento sobre o potencial do imaginário infantil a partir da sensibilização do adulto, a fim de enriquecer os contextos e enredos do brincar. 

   Contamos com a presença generosa e talentosa da professora Rosângela do Departamento de Educação Infantil, para somar às nossas reflexões. Ela trouxe um pouco do seu trabalho construído com as crianças no ano anterior na EM Wenceslau Braz com cantos de atividades diversificadas e inspirou possibilidades, no exercício de analisar um bom modelo e relacionar com a realidade singular de cada escola, de cada professora, de cada criança, no coletivo formado pelas diversidades.


E através do envolvimento dos adultos, a proposta foi de adentrar o universo criativo, num contexto pensado a partir da valorização do sensível, das dimensões dos ambientes de aprendizagem e nas interações, brincar!

Imagem da proposta da professora Rosângela em sua turma






 




Ao pensar a prática das crianças do Pré da professora Rosângela, resgatamos as ideias de Daniela Guimarães, Zilma Ramos para questionar diante do cotidiano do brincar na escola, o que já se estabelece e tem continuidade e o que ainda vemos como algo a conquistar...


 “É importante enfatizar que o modo próprio de comunicar do brincar não se refere a um pensamento ilógico, mas a um discurso organizado com lógica e características próprias, o qual permite que as crianças transponham espaços e tempos e transitem entre os planos da imaginação e da fantasia explorando suas contradições e possibilidades.” (Borba)


Então, que as reflexões pautadas no brincar das crianças e desse momento vivido na formação, alcancem a transformação de nossas práticas considerando condições no cotidiano para contemplar crianças que dentre a multiplicidade de expressões: 

Realizam escolhas, imaginando, criando e recriando novos contextos em suas brincadeiras;
Exploram, investigam, brincam e compartilham experiências com mais autonomia;

Se divertem com a plasticidade que cada objeto proporciona.

•São protagonistas em suas ações.



Nosso carinho e gratidão à professora Rosângela e as crianças do Pré e as que ainda habitam em nós!