Desde muito pequenas as crianças estão em contato com ambientes matematizadores, comparam, agrupam, separam, ordenam e resolvem pequenos problemas, observam adultos realizando marcações de tempo e resolvendo cálculos.
Considerando, portanto, uma criança que tem repertório em relação as noções matemáticas, as unidades com Educação Infantil, do NRE/PN, tem como papel fundamental, introduzi-la em um modo próprio de produção do conhecimento, uma parcela da cultura, que segundo Priscila Monteiro, a escola tem o dever de transmitir.
Nesse sentido, o 7º Encontro de Formação, teve como objetivos: refletir sobre a concepção da Matemática na Educação Infantil e apresentar os blocos de conteúdo: Sistema de Numeração e Números.
Para refletir sobre as questões relacionadas as concepções presentes nas unidades, a fim de diagnosticá-las e supera-las, para que as crianças tenham acesso a propostas que ampliem repertórios e estratégias, utilizou-se o texto de Priscila Monteiro: As crianças e o conhecimento matemático, disponíveis no site do MEC, para consulta pública. Nesse momento, levantaram-se questionamentos: como as crianças aprendem? Como organizar planejamentos que considerem os conhecimentos anteriores das crianças e fazê-las avançar? Quando é necessário material concreto? Que propostas estão presentes
em nossas instituições? Essas propostas tem considerado como a criança pensa?
Após assistir o vídeo, o Sistema de Numeração e a criança pequena, foram realizados destaques e considerações sobre os encaminhamentos realizados pela professora Lisiane Oster, que ganhou o prêmio Professor Nota 10.
Em equipes as participantes discutiram quais saberes a partir de duas proposições, retiradas do texto de Susana Wolman, Letras e Números, Natali e Matias demonstram em relação ao conhecimento matemático.
Natali tem apenas três anos, está na casa da sua avó jogando esconde-esconde com seus primos maiores. Cada um deles é, alternadamente, o encarregado de procurar os demais logo depois de dar um tempo prudente para que se escondam. Natali quer ser a encarregada de procurá-los. Apóia contra a parede seus braços, contra eles seu rosto e começa a dizer em voz alta: “Um, dois, três, cinco, oito, nove, seis, dez...” e se dispõe a começar a procura
Entrevistadora: _ Matias, você sabe o que é uma dezena?
Matias:_ Sim, dez palitos.
Entrevistadora: _ Muito bem, e no 33 (escreve) há dezenas?
Matias: _ Não! Eu não te disse que uma dezena são dez palitos?
Concluíram então que Natali, já aprendeu que, ao dizer a série de números, se diz um tipo de palavras e não outras. Ela só tem três anos e já sabe algo. Sabe que tem um grupo de palavras que nomeiam os números, que a brincadeira começava com o 1 e terminava com 10 e que depois teria que procurar.
Matias, sabia que uma dezena correspondia a 10 palitos.
Saber o que as crianças sabem, exige dos profissionais um olhar atento, uma escuta ativa as suas perguntas, as suas brincadeiras, as suas tentativas, às suas perguntas e as suas hipóteses. Exige planejar, replanejar, aprender com elas para poder avançar em propostas que considerem seus saberes ampliando conhecimentos. Foi uma discussão rica, profunda e essencial para todos os envolvidos no encontro.
Gostei muito do blog de vocês, muito interessante a prática de relatar os encontros de formação e de destacar a participação dos CMEIs da regional nos seminários! Gostei muito.
ResponderExcluirUm abraço
Rosane