terça-feira, 28 de junho de 2016

Na Observação se encontra um mundo de possibilidades.


         Foi nesta reflexão que iniciamos nosso encontro  este mês, com uma bate papo formativo. Retomamos o depoimento da Pedagoga Adriana do CEI Cantinho Feliz que retrata a importância do registro em seu processo formativo, fortalecendo o papel do Pedagogo Formador, sensibilizando-o da importância do registro como observação da nossa prática, efeito e reavaliação  a partir do olhar para criança.


        As pedagogas foram convidadas a olhar imagens do momento de CADs - canto de atividades diversificadas - do CMEI Pinheirinho, buscando os saberes presentes. Não foi uma tarefa fácil, sendo que com as imagens estáticas não favoreciam revelar toda a riqueza da prática analisada.




          Em um segundo momento  o exercício foi aguçar o olhar através do vídeo, mas os saberes só ficaram explícitos quando apoiado ao texto da Daniela Guimarães - Educação Infantil: Espaços e experiências, trazendo a tona a importância de buscar a melhor forma de registrar e encaminhar uma estratégia, considerando o objetivo proposto.  




        Observação não é apenas um instrumento descritivo, mas um recurso de investigação e planejamento através do qual podemos analisar, interpretar, reinventar os procedimentos...uma pedagogia em construção

        Quando  ouvimos e  olhamos  realmente  para os saberes, desejos e intenções das crianças sobre si mesmas e sobre o mundo valorizando os momentos de interação,  com certeza teremos  um rico material para planejar e replanejar, levando em consideração o que elas já sabem, respeitando o seu tempo e as infâncias.

       É um redimensionar do olhar do observador... o que remete a considerar um registro  que seja abrangente e ao mesmo tempo particular, que respeite a criança enquanto sujeito, com suas potencialidades cognitivas, sociais, artísticas e afetivas, bem como, um ser que se relaciona com os objetos e com o mundo.


terça-feira, 14 de junho de 2016

O eco da liberdade infantil tem lugar na escola?



Sim...
Pensar e planejar ambientes que transformam-se em lugares para a convivência das crianças e adultos dentro do espaço das instituições educativas, exige considerar amplamente os sentimentos e as relações, indo muito além da estrutura física e da exposição de objetos. Toda essa organização pode ou não favorecer as interações e a expansão das crianças em suas múltiplas dimensões.

Dialogando com Daniela Guimarães, a partir das ideias do seu texto: Educação Infantil - Espaços e Experiências, as professoras e pedagogas de Educação Infantil das escolas do NRE_PN, participaram do 4o. Encontro de Formação deste ano.



Com este convite para pensar, as profissionais foram acolhidas de uma forma inusitada no auditório da Regional. E diante dos contextos elaborados com uma diversidade de elementos e cuidadosamente organizados, somaram-se repertórios e pensares de acordo com as realidades de cada um que os apreciava e investigava.















Qual o eco que a liberdade infantil faria ressoar no cotidiano de cada educador?
(Adriana Guimarães)


Em um dos cantos...
O desafio para elaborar, organizar, conforme os saberes e interesses de quem ali estivesse. Dando assim, o sentido ao contexto, pensando e dispondo os materiais à sua maneira.









Se fazer educação significa cuidar do outro, considerando-o como sujeito ativo e afetivo, que produz sentido sobre o mundo, a proposta diária de Cantos de Atividades Diversificadas é um meio para a escuta infantil, acolhida das culturas e manifestações diversas das crianças e que favorece essa concepção, quando efetivado de forma enriquecida e valorizada. Na sequência do Encontro, as reflexões permearam a importância da diversidade de oferta dos CADs, olhando e relacionando com as práticas já existentes nas unidades.




















O que fazem as crianças e o que enxergam os adultos?















Além da estratégia de repertoriar com os cantos e suas inúmeras possibilidades de organização, elementos, contextos e lugares, tornando o espaço um ambiente de convívio na escola, utilizamos a tematização de um vídeo da E.M. Cláudio Abramo turma da professora Andresa, numa prática de cantos. As equipes reuniram-se para analisar e no coletivo socializaram suas considerações...









"Consequentemente, o espaço habitado e vivido é um espaço de limites transformáveis por quem o habita. Ou seja, o espaço objetivo torna-se “lugar de...” experiências, relações, criações; torna-se ambiente de vida, a partir das experiências que nele compartilhamos. O espaço é algo projetado, o lugar é construído nas relações".
Adriana de O. Guimarães