segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Criança e Arte!!!!



          Na manhã e tarde do dia 23/09, a equipe NRE-PN reservou um momento especialmente elaborado para dialogar e refletir sobre as práticas com os professores que atuam com Arte nas turmas de EI das escolas.
Acreditamos que a formação em percurso proporciona a riqueza do exercício:

AÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO

          As profissionais que participaram puderam aprofundar seus conhecimentos a partir das especificidades da Educação Infantil, com discussões que abordaram sobretudo a Linguagem Visual, considerando princípios importantes que devem permear o trabalho com as crianças:

 


          Durante o encontro foi lançada uma proposta de registro por meio da Linguagem Visual, inspirada por aromas. Diante de vidrinhos que continham diferentes cheiros, cada professora pode rememorar e buscar em sua história um momento cuja lembrança fosse despertada a partir de um dos aromas.

         
         Vivenciando a importância de alimentar a imaginação, instigando a memória e a criatividade, perceberam o quanto o cuidado em planejar, em propor momentos que tornem mais ricas as experiências das crianças tornam a participação e envolvimento muito mais significativos e ampliam os saberes.




         As professoras relataram suas experiências com a atuação em Arte na EI e comentaram sobre este encontro, como a professora Selmira da EM Vila Zanon que ressaltou que gostaria que houvesse mais momentos como este.




         Professora Renata demonstrou o quanto os sentimentos foram aguçados a partir das sensações, pois ao sentir o aroma do café durante a proposta, relembrou a infância, os tempos com a família quando residia no Nordeste e, sem dúvida ao desenhar sentiu o prazer e inspiração que refletiram em sua produção.
        Assim deve ser com as crianças... sentirem-se convidadas a adentrar e expressar com emoção suas interpretações e significações, ampliando as aprendizagens com real significado e encontrando futuramente ótimas memórias para revisitar no tempo da Educação Infantil.






 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Desafios do formador!

      

         Pelissari escreve sobre os desafios do formador e nessa supervisão concentrada com as pedagogas das escolas (21-09), conversamos sobre alguns deles, como por exemplo o constante exercício de olhar a prática para alimentar o planejamento com as crianças. Esse foi o intuito quando revisitamos o vídeo produzido pelas professoras fora da sala de referência com as crianças, explorando outros espaços.


       




      Quais ações formativas o pedagogo realizou para dar continuidade as reflexões sobre os ambientes da Infância... Nessa perspectiva a primeira consideração foi a frequência dessa propostas no cotidiano das crianças, inseridas na organização dos tempos. Não são ações esporádicas!!!
      O protagonismo das crianças e o entendimento do que é autonomia na cultura infantil, foram discussões que nos levaram a pensar na constituição do professor enquanto mediador e muitas vezes contraditório ao que teve de experiência na relação adulto - criança na sua escola. Voltamos a retomar os princípios da Educação Infantil e a necessidade da formação continuada.
          



O que enriquece as reflexões é a oportunidade 
de ouvir o outro, aprender com as trocas!!!

         Outro desafio do pedagogo formador é acompanhar o processo de transição EI-EF, para que as crianças possam dar continuidade ao seu percurso de aprendizagem respeitando seus saberes.  Conversamos sobre como a integração auxilia nesse processo e outras ações que colaboram, para juntos com as professoras promover momentos na rotina que aproximem as crianças do conhecimento dessa outra etapa! Com certeza em breve, teremos registros dessas ações!!! 


Desemparedar!!!

      Léa Tiriba, em um dos títulos de seus textos, já traz a concepção que buscamos...crianças da natureza!!! Elas são seres da natureza e, simultaneamente da cultura: são corpos biológicos que se desenvolvem em interação com os outros membros de sua espécie (Vygotsky 1989) mas cujo desenvolvimento pleno e bem estar social depende de interações com o universo natural de que são parte.
         Refletindo sobre as possibilidades do contato cotidiano com o mundo que está para além da sala de referência, os profissionais dos CMEIs tem planejado ações que propiciem esses momentos, os quais queremos socializar!!!

          No CMEI Xapinhal crianças e família em proposta coletiva no entorno. Foram à pracinha próxima do CMEI, no parque de areia. As interações foram intensas...criança com objetos e espaço, criança com criança, criança com pais. Fizeram até piquenique...


            Mais desemparedar é mais do que transpor paredes de salas e espaços...é uma ação que permite as crianças se apropriarem dos ambientes e sentirem-se pertencentes!! Às vezes dentro da unidade temos barreiras mais intensas que as paredes. Precisamos investir na transposição delas. O CMEI Xapinhal na imagem abaixo ilustra o que é desemparedar para além das paredes físicas.


           No CMEI Cajueiro os desafios no espaço externo também demonstram o quanto as crianças podem se apropriar e aproveitar os ambientes, pesquisando seus limites corporais e aprendendo a conviver no exercício de estar com o outro.


         No CMEI Maria Gracita brincadeiras de sala, avançam para outros espaços, como os cantos de atividades diversificadas e outras brincadeiras  ganham sentido e contextos no espaço externo: corda, elástico...


         Se relacionar com outras crianças e conhecer novos espaços. Essa foi a proposta do CMEI Vó Anna quando levou as crianças do Pré B, para visitarem o pré do CMEI Moradias da Ordem. Puderam tomar o café da manhã juntos e depois participaram da proposta de integração. 




                Um espaço que é de todos, segundo Léa, onde cada um pode escolher com quem e com que deseja brincar, não favorece posturas individualistas e competitivas, ao contrário constitui-se como espaço de convivência.
       E é claro que o pré do Moradias da Ordem quer retribuir a visita. Parabéns as equipes das unidades envolvidas e a pedagoga Valquiria pela iniciativa (essa de sorriso aberto do lado direito)!
       
     
      

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A vida é feita de encontros!!

    Nos dias 15 e 16 de setembro, gestores e pedagogos de CMEI, se reuniram para os encontros de Formação.
  Dia 15 no Momento Cultural fomos privilegiados por um bate papo com a escritora Alice Guerra, que iniciou sua escrita aos 4 anos de idade e que conta com o pai que a incentivou e deu suporte durante toda sua trajetória. Aquele que guardou seus manuscritos, hoje publicados no livro De criança para criança. 
        Alice lembra que duas situações marcantes na escola que incentivou sua escrita: a leitura diária feita pela professora e um encaminhamento específico de ação educativa que provocou e aguçou seu imaginário infantil, resultando na escrita de um de seus poemas. Hoje Alice tem 16 anos e sua escrita acompanha seu crescimento. Hoje voltada aos adolescentes, ela relata que sua escrita não tem idade....escreveria para crianças com o mesmo entusiasmo!!! Edvaldo, gestor do CMEI Xapinhal, aniversariante do dia 17-09 (Parabéns, felicidades), ganhou um livro de Alice com direito é claro... a dedicatória!!!
Para quem quiser saber mais sobre Alice, acesse a página do facebook Alice Guerra
       Nesse dia os profissionais puderam  retomar o conceito de "experiência", através da produção dos vídeos das suas unidades....inspirados no "Caminhando com o Tim Tim... que nos ensina que "o chegar não é mais valioso que a andança, que o encontro é precioso e necessário".
       Com recortes dos vídeos foi evidenciado nos momentos de rotina algumas experiências de exploração da Natureza e Cultura, refletindo sobre Atividade manipulatória e Exploratória, respaldados em Hilda Weissman ( que cita Coll). 
Queremos que nossas crianças através da atividade investigativa em sua rotina avance da manipulação a exploração de objetos, ambientes e relações!!


              As questões que nortearam as discussões sobre os vídeos foram: Nas possibilidades de trabalho educativo apresentadas as crianças exploram? São convidadas e permitidas a
à uma ação investigativa? Tem possibilidades de construírem seus conhecimentos a partir de suas experiências??

                 Dando continuidade ao trabalho, dia 16 com as pedagogas, exercitamos o olhar sob a perspectiva infantil. Demos voz as ações das crianças registradas nos vídeos, procurando indicativos para avançar na prática. E nada melhor do que as crianças para nos ensinarem isso. O exercício mostrou  como as crianças possuem poucas possibilidades de se apropriarem dos espaços, com sentimento de pertencimento. Também nos mostrou que enquanto adulto escrever na perspectiva da criança não é fácil, estamos sempre analisando os adultos!!             
          Após socializarmos no grupo algumas narrativas dos vídeos, escritos pelas pedagogas, discutimos sobre a importância da frequência das ações e de como as crianças efetivamente são consideradas na elaboração e alimentação do planejamento. Agradecemos a presença da gerente Vera Dal Molin, que pôde acompanhar e contribuir com nossas reflexões.



              








        Saímos do encontro com a proposta de planejar e registrar as ações da atividade permanente em Natureza e/ou Cultura, inicialmente com uma turma em específico.Para nos auxiliar nessa escrita, contamos com a valiosa contribuição da pedagoga Andreia, do CMEI Porto Belo da CIC, que generosamente disponibilizou seu percurso de trabalho formativo com sua equipe através da escrita de uma atividade permanente. Agradecemos imensamente a essa profissional que com sua pesquisa e sensibilidade tem contribuído para falar de formação de formadores. Obrigada Andreia!!!!
          E para agradecer a disponibilidade de todos para um novo olhar, finalizamos com o momento cultural trazido pela pedagoga Anaí do CMEI Dalagassa.


O Girassol "
O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e a esquerda
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei Ter o pasmo essencial que tem uma criança
Se ao nascer, reparasse que nasceras deveras...

Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo
Creio no mundo como um malmequer
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque a amo, amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama.
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar."

(Fernando Pessoa)